Por definição, gastrite é uma inflamação da mucosa estomacal que atinge milhares de pessoas de diversas faixas etárias, incluindo crianças, podendo levar a quadros de úlceras e até câncer de estômago, ao longo da vida.
É muito comum em jovens de países desenvolvidos e em populações de baixa renda (neste caso, associado à higiene precária).
Consumo de bebidas alcóolicas, em excesso, pode causar erosões e lesões gerando o rompimento da barreira da mucosa gástrica. Vários estudos mostram que álcool e medicamentos são muito prejudiciais para a mucosa gástrica ocasionando inclusive refluxos.
A gastrite pode ser aguda (associada a agente causador como medicamentos, má alimentação, infecções, estresse físico ou psíquico com sintomas como dor e queimação no abdome, perda de apetite, sangramento digestivo, náuseas e vômitos), ou crônica (pela presença da bactéria Helicobacter pylori no estômago).
Fatores emocionais
A relação profunda entre nosso corpo e nossa mente é estudada pela Psicossomática que nos ajuda a entender como fatores pertencentes ao físico e emocional estão relacionados na somatização. Somatizar é apresentar sintomas no corpo físico sem existir doenças associadas diretamente ao desconforto.
Cada pessoa possui respostas e mecanismos emocionais diferentes. Quanto menos eficazes são os mecanismos psíquicos e cognitivos “do sentir”, expressar, falar ou tomar decisões, mais o sistema somático é usado para transmitir as emoções. A partir daí, tem início os processos das doenças.
A Medicina alopática muitas vezes direciona o tratamento medicamentoso para cada situação, com o uso de medicamentos específicos como por exemplo, os anti-inflamatórios. Porém, fatores emocionais podem estar intrinsecamente relacionados à gastrite e, a partir do conhecimento das causas que geram o estresse emocionais é possível progredir em um caminho para a melhora e/ou cura do quadro.
Pela Metafísica, ramo da Filosofia que estuda a natureza fundamental além da realidade física, a gastrite diz respeito à maneira como a pessoa assimila, lida com os fatos da vida e como estas situações “são digeridas”.
De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, a gastrite é decorrente também, de um desequilíbrio energético entre baço e estômago, que conta como agravante a alimentação desequilibrada e excesso de estresse emocional. Ainda de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, o baço pâncreas mantém nossa energia diária, nosso metabolismo, é a “casa dos pensamentos”, “governa” nosso raciocínio, e tem como elemento da natureza, a terra. Pessoas muito preocupadas, obsessivas e ansiosas podem gerar o desequilíbrio energético deste órgão assim como do estômago. O estômago também é órgão do elemento terra e sofre pelo excesso de emoções e sentimentos.
As cores
Segundo Lilian Verner-Bonds, escritora, consultora e praticante cromática, no amarelo não há gordura sob o ponto de vista físico. Esta cor liberta o organismo de toxinas e promove o fluxo gástrico. O amarelo está relacionado ao pâncreas, ao plexo solar, fígado, pele, vesícula biliar, baço, estômago e ao sistema digestório.
A Cromoterapia, desde antigas civilizações, estuda a utilização das cores que possuem vibrações próprias e quando aplicadas de forma terapêutica no corpo, auxiliam a equilibrar disfunções emocionais e orgânicas
Goethe considerava o amarelo uma cor alegre e vivaz. No simbolismo popular das cores, o amarelo é visto como a cor do Sol. Na China, era considerada a cor do ouro e a cor nupcial da juventude e fertilidade.
A cor amarela expressa luz, alegria, otimismo, prazer, disposição, leveza, suavidade, vitalidade, brilho, vontade, razão, moderação, comunicação. É estimulante mental, também, além de colaborar nos processos digestivos. A cor também tonifica o pâncreas e estimula a produção de enzimas digestivas e hormônios como a insulina. É depurativa sobre as toxinas do trato intestinal e tônico para o sistema nervoso.
Na Natureza, o amarelo está presente em plantas e flores como a Azedinha-de-flor-amarela (Oxalis chrysantha), Calêndula silvestre (Malmequer – Aspilia montevidensis), Ruta (Arruda , Ruta graveolens L.), Sinapsis (Mostarda, Sinapsis arvensis L.) Taraxacum
(Dente-de-leão – Taraxacum officinale Weber ), Sonchus (Serralha – Sonchus oleraceus L).
Ter o emocional em equilíbrio é fundamental para tratarmos e evitarmos distúrbios físicos ou mentais. Estamos além da nossa programação genética. O ambiente em que vivemos, o que consumimos e pensamos, são fatores que definirão nossa saúde. Nosso sistema nervoso capta informações do ambiente e coordena o comportamento de todas as outras células pelo nosso corpo.
Portanto, o autoconhecimento é decisivo como um fator na nossa qualidade de vida, para que passemos a nos conhecer melhor, entender nossos desafios, nossas emoções e nosso corpo, com atenção com o que lemos, vemos, pensamos, ingerimos e falamos.
Texto de: Fernanda Ornelas. Fernanda é Naturopata e Membro da Comunidade Brasileira de Naturopatia.
Revisão técnica: Chris Buarque (Diretora Científica).
Revisão geral e edição: Time de Comunicação da Comunidade.
Fontes como referência
“Os Florais Cromáticos de Minas” Dr. Breno Marques da Silva, Ednamara Batista Vasconcelos e Marques, Edições Florais de Minas, 2009.
“A Biologia da Crença” O poder da consciência sobre a matéria e os milagres. Bruce H. Lipton, Ed Butterfly, 2007.
https://www.scielo.br/j/abcd/a/Zt8N6kYWnPfCHbJf6DzZzyc/?format=pdf&lang=ptfile:///C:/Users/ferna/Downloads/633-Texto%20do%20artigo-2601-1-10-20130425.pdf
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