Aquele medo de estar perdendo algo. Que os outros estão se divertindo mais, fazendo mais, se comunicando mais, experimentando coisas melhores que você. Surge então um forte sentimento de inveja que destroi a auto estima.
FOMO- do inglês “fear of missing out”, trata-se de um fenômeno real e fonte significativa de stress. Afeta muitas pessoas, mas sempre há grupos de maiores riscos.
Vamos a um exemplo prático: Você está descansando e sente um desespero de que deveria estar realizando ou experimentando algo, que nesse momento muitas pessoas estão fazendo, e você não está. Leva a uma insatisfação eterna, por causar sempre um forte sentimento de perda, mesmo quando há benefícios. Entendemos claramente que se trata de algo antigo. Sempre houve FOMO. Mas vem sendo estudado nas últimas décadas, a partir de um trabalho de pesquisa de 1996 do estrategista de marketing Dr. Dan Herman, que cunhou o termo “medo de perder”.
A nova era das mídias sociais tornou tudo isso mais aparente, onde as pessoas se comparam. E aí começa a síndrome. Talvez você ainda não saiba que “o gramado verde do jardim do vizinho” receba água e poda e o seu não receba. Então, trabalhe! Gostamos muito de uma frase de nossos colegas espanhóis, que ao invés de perguntarem sobre o que fazemos, quando somos apresentados, perguntam: “a que te dedicas”? Exato. Verdadeiramente, te dedicas?
Adolescentes e também adultos, experimentam FOMO, por não se dedicarem, mas usarem as mídias sociais, como forma de autoafirmação após comparações. Então lembramos que essa autoafirmação é virtual. Todos os estudos recentes sobre FOMO apontam grande crescimento na proporção de um uso sem conteúdo das redes sociais. De acordo com um estudo da revista Psychiatry Research “o medo de perder” está ligado a um maior uso de smartphones e mídias sociais e que pode acometer todas as idades ou sexo. Tudo isso associado também a um medo de avaliações negativas de outras pessoas, tendo efeitos diretos no seu estado de humor. “uma curtida, um sorriso”. Sem curtidas, grande sofrimento.
Um artigo publicado na Computers and Human Behavior sobre classificação de satisfação com a vida encontrou várias tendências associadas ao FOMO. Descobriu-se que o medo de perder foi associado a uma menor sensação de ter suas necessidades atendidas, bem como a uma menor sensação de satisfação com a vida em geral.
Se você tem FOMO, saiba que:
FOMO leva a uma maior procura pela redes e mais comparações e a um maior medo de perder. Um ciclo negativo e autoperpetuante. Entender onde está o seu problema, no entanto, é o único passo para superá-lo. As tentativas de aliviar os sentimentos de FOMO tem levado a comportamentos que o potencializam.
Mude seu foco
Em vez de se concentrar no que lhe falta, tente perceber o que você tem.
Se seu jardim está seco, talvez água e poda ajudem. Vamos traduzir: Não existe crescimento sem investimento em desenvolvimento. Seja no quer for. Não existe almoço grátis. Então, se dedique muito. E depois, mais um pouco.
Que seu feed tenha pessoas e contatos que agreguem conteúdos significativos ao seu trabalho e à sua vida.
Repense a respeito de pessoas que divulgam algo irreal, sem alcance, fantasias, e coisas que não lhe ajudam em seu bem-estar. À medida do possível, procure minimizar tudo isso.
Volte a ler “no papel”. As conexões na tela são diferentes do que ocorre na leitura de um livro, por exemplo. A circuitaria cerebral envolvida é outra.
Se você sente que está sofrendo com a sensação de estar perdendo, busque ajuda. Hoje já existem profissionais que se dedicam especialmente às síndromes atuais, com grande sucesso em resultados.
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